Para desenvolver uma
habilidade leitora específica usando estratégias de leitura:
Caro colega de trabalho!
Está semana a proposta é elaborar uma Sequência de Atividades. A atividade ficará mais completa e rica se você aplicá-la em sala de aula, assim poderá avaliar as etapas positivas e as que precisam de ajustes.
É importante que você veja e comente a atividade de seus colegas e também fale sobre sua experiência.
Bom trabalho!!!
Orientações:
A) Escolha uma habilidade,
entre as apontadas abaixo (retiradas dos resultados da Avaliação em processo), e que você usará como pretexto para uma Sequência de
Atividades.
1. (H11-GII)
Estabelecer relações entre imagens (foto ou ilustração) e o corpo do texto,
comparando itens de informação explícita
2. ( H06 GI) Localizar item de
informação explícita, com base na compreensão global de um texto
3. (D18 SAEB) Reconhecer o efeito
de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.
4. (H3 – Enem) Relacionar
informações geradas nos sistemas de comunicação e informação, considerando a
função social desses sistemas.
5. (H23 – Enem) Inferir em um
texto quais são os objetivos de seu produtor e quem é seu público alvo, pela
análise de procedimentos argumentativos utilizados.
6. (H27 – Enem) Reconhecer os usos
da norma padrão da língua portuguesa nas diferentes situações de comunicação.
7. (D20 -
Prova Brasil/Saeb) Reconhecer
diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam
do mesmo tema, em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em
que será recebido.
8. (H10 -
GIII (3ª Série EM) Saresp) Inferir
tema ou assunto principal de um texto, estabelecendo relações entre informações
pressupostas ou subentendidas.
B) Habilidade elencada, escolha textos para realizar a
atividade;
C) Preveja o produto final (resenha, resumo, esquema, produção não
verbal ....)
D) Lembre-se de usar estratégias de leitura para todos os textos
lidos; aponte em “Desenvolvimento”, etapas da sua atividade, as estratégias (quantas
você acreditar necessárias) que irá usar.
Roteiro de estratégias de leitura, abaixo, nas tabelas:
a.) Capacidades de compreensão;
b.) Capacidades de apreciação e réplica do leitor
em relação ao texto (interpretação, interação) .
Plano de SEQUÊNCIA DE ATIVIDADE
- Professor:
- Habilidade:
- Público alvo:
- Texto/autor, referência:
- Desenvolvimento - Capacidades de
compreensão e de apreciação e réplica do leitor em relação ao texto
- Produto final:
ESTRATÉGIAS DE LEITURA (Rojo, 2004)
a.)Capacidades de compreensão
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Sugestões de como desenvolver
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1) Ativação de conhecimentos
prévios
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Antes da leitura do texto propriamente dito, retomar conteúdos
relacionados; fazer perguntas sobre o assunto, visando garantir a
socialização desses conhecimentos; quando alguma dessas perguntas ficar sem
resposta e ela for importante para a possibilidade de compreensão do texto, o
professor deve antecipar esse conteúdo; etc.
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2) Antecipação ou predição de
conteúdos ou propriedades dos textos
3) (levantamento de hipóteses)
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Antecipação ou predição de conteúdos: A partir da leitura do
título, ou das informações sobre o autor do texto (papel social), incitar os
alunos a antecipar conteúdos do texto a ser lido. Em alguns casos, essas
perguntas podem se dar ao longo da leitura, em relação ao que está por vir,
levando em conta o que já foi lido.
Antecipação ou predição propriedades dos textos: A partir do
reconhecimento prévio ou de uma informação explícita do professor de que
se trata de um exemplar de um gênero X ou Y (artigo de opinião, crônica)
incitar o aluno a antecipar elementos e conteúdos do texto a ser lido.
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Durante a leitura do texto, o professor deve ir retomando as hipóteses
(antecipações) levantadas para verificar se elas foram ou não confirmadas. Se
necessário e adequado, pode-se durante esse processo levantar outras
hipóteses.
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5) Localização e/ou cópia de
informações
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Em função dos objetivos da leitura, algumas atividades devem favorecer
a localização de informações cruciais do texto por meio de perguntas que
dirigem o olhar do aluno para tais aspectos (conceitos ou relações que devem
ser garantidos etc.). Procedimentos tais como sublinhar, copiar, iluminar
informações relevantes devem ser estimulados para auxiliar o aluno a buscar
pelas passagens essenciais e abandonar informações periféricas.
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6) Comparação de informações
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Durante a leitura do texto, algumas perguntas ou discussões coletivas
podem estimular o aluno a comparar/contrastar informações presentes no
próprio texto, de modo a auxiliá-lo, por exemplo, na identificação da tese,
de argumentos, do conflito central, na realização de resumos etc. Por outro
lado, atividades que o estimulem a comparar informações do texto com outras
presentes em diferentes textos (orais ou escritos) favorecem a percepção de
relações de intertextualidade ou até mesmo de interdiscursividade, ampliando
a compreensão e estimulando a leitura crítica.
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Essencial para a realização de síntese da
leitura, (e estreitamente relacionada às duas capacidades anteriores) esta
capacidade pode ser estimulada por meio de perguntas ou discussões que levem
o aluno a reconhecer características comuns ou regulares a dados ou
acontecimentos singulares, a extrair uma regra ou princípio geral pela
observação de exemplos particulares, trechos enumerativos, descritivos ou
explicativos etc. Mais do que saber dizer sobre o tema tratado, é importante
que o aluno possa dizer o que o autor pretendeu com aquele texto – explicar o
funcionamento do sistema nervoso, defender sua posição frente à questão da
redução da maioridade penal etc. Num segundo nível, pode-se também focar o
essencial dessas explicações ou argumentações - qual a posição/tese que o
autor defende e os principais argumentos que sustentam sua posição.
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8) Produção de inferências locais
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É possível levar o aluno a, levando em conta o
contexto imediato do texto, deduzir o sentido de uma palavra desconhecida,
identificar o referente de pronomes, relacionar expressões sinônimas ou
equivalentes, compreender termos que retomam ou antecipam informações etc.
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9) Produção de inferências globais
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Perguntas ou discussões podem favorecer que o
aluno perceba o que não está dito explicitamente no texto, mas está
pressuposto ou insinuado e deve ser inferido para que a compreensão se
efetive. Chamar a atenção para pistas que o autor deixa no texto, tais como
escolhas lexicais específicas, construções enfáticas, uso de operadores argumentativos,
presença de linguagem figurada, ironia etc. são maneiras de favorecer
inferências globais.Também colabora para isso o estabelecimento de relações
produtivas entre as informações presentes no texto e a recuperação do
contexto de produção do texto. Em qualquer um dos casos, fazer a distinção
entre as inferências autorizadas pelo texto (marcadas pelas pistas ou
determinadas pelo contexto de produção) e aquelas que não são autorizadas
(fruto de uma interpretação excessivamente “livre” e pessoal) é fundamental.
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b.) Capacidades de
apreciação e réplica do leitor em relação ao texto (interpretação, interação)
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Sugestões de como desenvolver
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1)Recuperação
do contexto de produção do texto
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Focalizar -
por meio de levantamento, estudo, pesquisa, perguntas, discussões, etc. -
qualquer um dos elementos que compõem o contexto de produção do texto (autor,
lugar social que ocupa, esfera social em que o texto circula, veículo em que
é divulgado, momento histórico em que foi produzido, intenções comunicativas
do autor, leitores presumidos, interlocutores contemporâneos etc.) é um
procedimento essencial que favorece outras capacidades de leitura aqui
elencadas, tais como, a ativação de conhecimentos prévios, a predição de
conteúdos, a realização de inferências globais, a elaboração de apreciações
estéticas ou afetivas e as relativas a valores éticos ou políticos etc.
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2)Definição de
finalidades e metas da atividade de leitura
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A situação de
leitura define suas finalidades e metas. Logo, principalmente na situação
escolar que tende a ser “artificial”, na medida em que nem sempre é o leitor
que define o que, por que e para que vai ler, é essencial explicitar ou criar
a situação de leitura, por meio de recursos que podem ser autênticos (ler
para buscar uma informação específica ou estudar, por exemplo) ou simulados
(imagine que você vai ler esse texto para participar de um debate sobre o
assunto, por exemplo)
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3)Percepção de relações de intertextualidade
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Quanto maior é o número de relações
que o leitor estabelece entre o que está lendo e o que já leu, ouviu,
conversou, assistiu etc., sobre o mesmo tema, mais efetivo é o diálogo que
ele trava com o texto. Assim, por meio de comentários, perguntas, retomadas,
solicitação de pesquisas etc., é muito útil “refrescar sua memória”
lembrando-o de conteúdos presentes em outros textos relacionados ao que está
lendo, imaginando outros textos possíveis. Segundo Bakhtin, todo texto é de
alguma forma resposta a textos anteriores e está prenhe de respostas
ulteriores.
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4)Percepção de relações de interdiscursividade
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O mesmo princípio anterior vale para esta capacidade no que diz
respeito agora não a conteúdos do texto, mas a outros discursos aos quais o
texto em questão remete. Assim, por exemplo, muitas vezes só é possível
compreender uma referência, uma nota bibliográfica, uma ironia ou mesmo
realizar uma inferência quando se leva em conta os discursos com os quais o
texto dialoga, o que sempre inclui para além dos textos os contextos de
produção desses textos. Atividades que levem o aluno a identificar ou
explicitar tais diálogos favorecem esta capacidade.
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5)Percepção de outras linguagens
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Principalmente quando se preserva o
portador original do texto a ser lido (por exemplo, uma notícia de jornal, no
próprio jornal), perguntas e discussões que focalizam o para texto verbal e
não-verbal que geralmente acompanha o texto (imagens, gráficos, tipos de
letras, manchetes, boxes etc.) contribuem para a compreensão do texto como um
todo.
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6)Elaboração de apreciações estéticas e/ou afetivas
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Ler o texto,
encarando-o como uma construção deliberada do autor e ser capaz de apreciar
seus efeitos de sentido, identificando os recursos da língua que o autor
mobiliza para produzi-los é uma capacidade bastante sofisticada e que leva o
leitor a, de fato, fruir o texto. Assim, exercícios que levem o aluno a
identificar uma organização textual bem feita, uma escolha lexical
particularmente interessante, uma construção sintática feliz, um certo modo
de encadear os argumentos, o uso de uma metáfora elucidativa, uma
paragrafação rigorosa, a precisão no uso da língua etc. são maneiras de não
só ampliar a capacidade de compreensão do texto em questão, mas também de
formar o leitor (e o escritor) em geral que, a partir disso, terá mais
condições para emitir opiniões de cunho mais afetivo sobre o texto.
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7)Elaboração de apreciações relativas a valores
éticos e/ou políticos
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Para ser capaz de realizar a
réplica crítica ao texto, avaliando em que medida há concordância ou
discordância com o autor, a coerência interna do texto, as conseqüências e desdobramentos
das posições ali assumidas, os valores que expressa, as atitudes a que induz
etc. é necessário estimular o aluno, por meio de perguntas, discussões,
comparações a outros textos e discursos, debates etc. que extrapolem o texto
em questão. Mas não basta perguntas do tipo “qual é a sua opinião sobre o
assunto” ou “você concorda com x”, o que pode simplesmente suscitar
superficialidades do que ele já pensa a respeito. É preciso oferecer
elementos para que o aluno possa pensar coisas novas, aprofundar suas
análises etc.
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Referência:
Rojo, 2004.Textos do EMR
Boa semana!